miércoles, 31 de octubre de 2007

Tiempos de Babel

Com este seu novo livro - Tempos de Babel. Destruição e anacronismo - , Raúl Antelo dá prosseguimento a um aventuroso percurso crítico que já quase completa sua terceira década e vem se singularizando cada vez mais no panorama dos estudos literários e culturais brasileiros. Argentino de nascimento, vivendo desde o início dos anos 1970 no Brasil (de início, em São Paulo, para o mestrado e o doutorado; posteriormente, em Florianópolis, onde é professor titular de Literatura Brasileira na UFSC), Antelo é hoje um dos mais inventivos críticos e teóricos da literatura e da arte em atividade nas Américas, sobretudo depois da publicação em espanhol, no ano passado, daquele que é, até agora, seu mais alto êxito, Maria con Marcel. Duchamp en los trópicos (ainda sem edição brasileira): eruditíssimo e inovador exercício de reconstrução crítico-historiográfica da modernidade latino-americana a partir de um destaque imprevisto, mas justo, às figuras emblemáticas de Marcel Duchamp - que morou alguns meses em Buenos Aires ao fim da Primeira Guerra Mundial - e de Maria Martins - que se envolveu amorosamente com Duchamp, em Nova York, no início dos anos 1940.
Semelhante reconstrução, embora em escala menos ambiciosa, é executada no novo livro. Outra vez, Antelo põe-se a retraçar os intrincados itinerários da formação da modernidade periférica (ou, melhor dito, deslocada: pois que toda modernidade é da ordem do deslocamento, pondo em questão noções como centro e periferia, global e local, alheio e próprio, estrangeiro e nacional). O ponto de partida, agora, não está mais no casal Duchamp-Maria, mas em outro personagem crucial do século 20, o filósofo Walter Benjamin: elege-se como ângulo de análise a teoria, por este esboçada, do "caráter destrutivo", ou ainda, em outras palavras (que são de Antelo), uma "teoria da modernidade enquanto destruição", a ser repensada para aquém e para além de Benjamin. Antelo começa por frisar que esta teoria "não é apenas datada como também localizada": "Pertence ao mundo das oposições dilemáticas de entre-guerras e se posiciona, ainda, entre Velho e Novo Mundo". O método da pesquisa, aqui, é o já conhecido de obras anteriores de Antelo: a aproximação muitas vezes abrupta, explorando-se antes o choque que a mediação, de objetos e fenômenos culturais em princípio muito distintos; a montagem de séries significantes ali onde até então só conseguíamos ver desordem e não-sentido. É assim que textos de Rua de mão única, de Benjamin, são relidos à luz do depoimento Nueve dibujos y una confesión, de Norah Borges (artista plástica, irmã do escritor Jorge Luis Borges), a partir do realce de um comum interesse por "um conjunto de objetos perdidos e de objetos achados na memória", objetos-testemunhos da destruição a que todas as coisas, nesta concepção da modernidade, parecem estar destinadas. O avizinhamento entre o pensador judeu-alemão e a artista argentina revela-se menos arbitrário do que podia parecer à primeira vista quando Antelo lembra a resenha que Benjamin escreveu do livro O circo, do espanhol Ramón Gómez de la Serna, escritor reconhecido pelos "vanguardistas do Prata" - entre os quais, Norah e seu irmão - "como o mais radical representante do novo".
A menção a Gómez de la Serna funciona menos como o realce de um ponto de comunicação entre modernismo hispano-americano e modernismo europeu do que como marcação de um ponto de fuga - que é também, e sobretudo, um olho de redemoinho - para o amplo mosaico montado no breve, intenso livro. Nomes como os de Oliverio Girondo, Macedónio Fernández, Almada Negreiros, Valéry Larbaud, Hermann von Keyserling, Eugenio dOrs, Franz Kafka, Paul Klee, Rainer Maria Rilke, Gustav Glück, e tantos outros, vão se sucedendo nas páginas, numa forma de escrita que, em certos momentos, flerta abertamente com a associação livre da psicanálise e do surrealismo (duas matrizes teóricas fundamentais para Benjamin), mas com a meta claramente enunciada (mas, a rigor, infinitamente diferível) de definir os limites da teoria da modernidade como destruição. Esta teoria tomou a forma, no trabalho de Benjamin, de um "modelo expressionista de forças em confronto", o qual, conforme explica Antelo, visava substituir o modelo "vertical" de conhecimento (e poder) característico do Iluminismo. É contra este fundo que Antelo relê um texto central - mas muitas vezes esquecido, voluntária ou involuntariamente - da bibliografia ativa de Benjamin: seu nietzschiano ensaio sobre O caráter destrutivo. Corretamente, Antelo vê o caráter destrutivo, cuja fisionomia o filósofo delineou a partir dos traços de seu amigo banqueiro Gustav Glück (e provavelmente também do dramaturgo Bertolt Brecht, outro amigo seu), como complementar ao caráter melancólico tão mais identificado, de hábito, com a obra benjaminiana. Enquanto o caráter melancólico denuncia-se pelo retraimento meditativo, o caráter destrutivo, diz Benjamin, "só conhece um lema: criar espaço". Em contraste com a melancolia, que consiste num apego patológico àquilo que se perdeu e às marcas residuais que deixou (daí que a ruína e a caveira, embora índices de destruição, sejam figuras por excelência da disposição melancólica), o caráter destrutivo "elimina até mesmo os vestígios da destruição". Não será uma demasia constatar que uma dialética definidora do pensamento de Benjamin está dada de modo exemplar na tensão indecidível entre melancolia e destruição. E que só à luz desta tensa dialética compreendemos sua radical ambivalência diante da tradição (e da aura, este contravestígio imaterial inerente à arte tradicional mas que só se revela à vera no declínio e na destruição). "Alguns" - escreve Benjamin - "transmitem as coisas, tornando-as intocáveis e conservando-as; outros transmitem as situações, tornando-as manejáveis e liquidando-as. Estes são os chamados destrutivos." Antelo comenta: "O destruidor reage, em suma, a uma constelação de perigos que ameaçam tanto aquilo que é transmitido pela tradição, quanto aquele que recolhe essa mesma tradição".
A arriscada perspectiva histórico-crítica estabelecida por Benjamin é tomada por Antelo como modelo epistemológico. Pelo viés da destruição (e da "história materialista" adequada à sua dinâmica), "o objeto da crítica cultural" - ou, dito mais simplesmente, "o objeto cultural" - nunca está dado de antemão, mas se constitui "na desintegração da própria continuidade histórica". "Para que serve a história da arte?", pergunta o filósofo Georges Didi-Huberman na epígrafe escolhida por Antelo. A resposta, pouco trivial: "Para muito pouco, se ela se satisfaz com classificar sabiamente objetos já conhecidos, já reconhecidos. Para muito mais, se ela consegue colocar o não-saber no centro de sua problemática e tornar essa problemática a antecipação, a abertura de um novo saber, de uma forma nova do saber, ou até mesmo da ação". Para entendermos o que está em questão na prática crítica de Antelo, não só neste livro mas em todos os seus textos, é importante ler aquilo que se segue ao trecho feito epígrafe: Didi-Huberman observa aí que a "grandeza" do historiador Carl Einstein (que, em Devant le temps, ele examina, a par de Benjamin, como desbravador de uma nova história anacrônica da arte: uma história atenta às heterogêneas temporalidades constitutivas dos próprios objetos artísticos) não estava na habilidade de classificar ou interpretar melhor que outros estudiosos "objetos já integrados ao corpus da história", mas na capacidade de inventar novos objetos. Palavras que valem do mesmo modo para Antelo, que bem sabe que toda invenção é a contraface de uma destruição.

por Eduardo Sterzi para Diario Catarinense (Florianopolis: 27.10.2007)

HorrAr


8 festival Buenos Aires Rojo Sangre: Del 1 al 7 de noviembre de 2007 en el Complejo Tita Merello - Suipacha 442, Ciudad de Buenos Aires. Sitio oficial (con la programación, horarios, etc.) http://rojosangre.quintadimension.com/

Los tres chiflados

Curly, Larry y Moe (simpáticos motes provistos por los agudos comentadores de este blog) ya se expidieron y la edición 2007 del Premio Indio Rico de nouvelle ya tiene dueño.
En el curso de la jornada el dictamen (que distinguió a un ganador y dos finalistas) será publicado en las páginas de Estación Pringles y de Editorial Entropía.
Una vez firmado el dictamen, los festejos continuaron hasta altas horas de la madrugada, a medida que se sumaban escritores, editores, artistas plásticos, amantes de la escena literaria y más de un desconocido que pasaba por la calle Viamonte. Después de una de sus memorables performances acordeonísticas, Arturo Carrera le pidió a César Aira que lo acompañara en el célebre duo de banjo y violincito con el que solían recorrer los pueblos cuando niños, para ganarse el pan.
El Premio será entregado oficialmente el próximo viernes 30 de noviembre a las 19 hs. en el Centro Cultural Ricardo Rojas.

martes, 30 de octubre de 2007

La juzgo tan eterna como el agua y el aire

El viernes pasado, El Nacional estaba repleto de expectación: nos habíamos reunido para acompañar la presentación de Mandona, el estupendo primer disco de Gaby Bex. Las personas mayores nos instalamos en el palco alto, desde donde podíamos seguir las viscicitudes del show cómodamente sentadas y sólo echamos en falta los impertinentes y los abanicos, que nos habrían dado el aire de gran gala que el espectáculo merecía.
Quienes habíamos estado en la función anterior, en Pringles, coincidimos en que este show fue cien veces mejor (y eso que aquél había sido excelente): Gaby cantó algunas canciones de su disco en dos tandas: la primera, concentrada en los temas más íntimos; la segunda (con cambio de vestuario), en los temas electrónicos. Entre canciones, los poemas que ya son su sello (Alfonsina, Marosa) y, como invitado especial, uno de los DJPareja, que la acompañó en ese temazo que es "Dios en la disco".
Fue una verdadera fiesta como hacía mucho no había otra.
De la performance de Gaby puede decirse que parecía cualquier cosa menos la presentación de un primer disco, tan suelta se la vio, tan bien sonó su voz, tan hermosa estaba. De hecho, parecía más el regreso de una diva que había estado ausente demasiado tiempo sin que nos diéramos cuenta. ¿Cómo habíamos podido sobrevivir sin las canciones de Gaby, sin su existencia como diosa pop? Por supuesto, el recital funcionó como reencuentro entre personas que, salvo por Gaby, no suelen reunirse (lo que, por otra parte, señala su dimensión de verdadera estrella).
Ese cariz de reunión fue tal vez lo más emotivo de la noche, porque parecía que, además de adorar a la misma diosa, todos teníamos algo en común. Y fue amable sentirse partícipe de una nueva era: la era de Gaby Bex, que recién comienza, pero que parece habernos envuelto con algarabía desde hace muchísimo tiempo, desde siempre.

Todos tus muertos

EMBAJADA DE MÉXICO EN ARGENTINA
N O V I E M B R E 2 0 0 7

Viernes 2, 19:00 horas.

Apertura del Altar de Muertos

Ofrenda dedicada a las parejas de artistas:

Diego Rivera – Frida Kahlo (México) y Oliverio Girondo – Norah Lange (Argentina)


Música pop, mariachis, danza, tango


Adicionalmente: Premiación de los ganadores del
II Concurso de Calaveritas: ¡Qué vivan los muertos!

Museo de Arte Hispanoamericano Isaac Fernández Blanco
Suipacha 1422, Buenos Aires
Abierto del 3 al 11 de noviembre (14:00 a 19:00 hrs.)
Entrada libre y gratuita


Programa sujeto a cambios
Consulte nuestra página web
Informes:
culturales@embamex.int.ar Tels. 4118-8820/21

Dicen que...

... hay que tener un alma hermosa para creer, con el gran poeta Arturo Carrera, que la concurrencia al Primer Certamen Regional de Declamadoras de Poesía iba a superar la capacidad hotelera de Coronel Pringles, su pueblo natal.

Leonardo Tarifeño para La Nación.

domingo, 28 de octubre de 2007

Boca de urna, 3

A las 21.34, la mesa tal y tal entregó los siguientes resultados:

Alianza Frente para la victoria: 100/ 307 32 %
Coalición Cívica: 79/ 307 25 %
Alianza Concertación UNA: 67/ 307 22 %
Votantes: 307/ 440 69 %

Boca de urna, 2

A las 20.04 no había un solo dato cargado en las páginas de la Dirección Nacional Electoral.

Boca de urna

Nos avisan de la mesa tal y tal, que a las 18 hs. solo había emitido su voto el 80 % de los empadronados, razón por la cual la junta electoral decidió extender el horario de votación hasta las 19 hs.

viernes, 26 de octubre de 2007

Unidos o dominados

EMBAJADA DEL PERÚ


2do. ENCUENTRO POÉTICO PERÚ-ARGENTINA

29, 30 y 31 de octubre de 2007

BUENOS AIRES

LUNES 29 DE OCTUBRE

EMBAJADA DE PERÚ

Av. del Libertador 1728 – 19.20 a 21.30 hs.

  1. Susana Szwarc (ARG)
  2. Renato Sandoval (PER)
  3. Lidia Rocha (ARG)
  4. Luisa F. Lindo (PER)

MARTES 30 DE OCTUBRE

INSTITUTO SUPERIOR DEL PROFESORADO “Joaquín V. González”

Av. Rivadavia 3577 – 19 a 21 hs.

MESA:E. Foffani (ARG), M. Bernabé (ARG) y J. Zapata (PER)

  1. Renato Sandoval (PER)
  2. Carlos García Montero Protzel (PER)
  3. Julia Wong (PER)

MIÉRCOLES 31 DE OCTUBRE

ESTACIÓN ALÓGENA

Bonpland 1183 – 19.30 a 22 hs.

  1. Cecilia Romana (ARG)
  2. Andrés Kurfist (ARG)
  3. Julia Wong (PER)
  4. Ramiro Vicente (ARG)
  5. Cristian Di Nápoli (ARG)

Arte y política

No contento con sus actividades específicas, el artista del momento se compromete a fondo con la política. Salta de la imprenta donde revisa la puesta en máquina del libro que presentará en breve al taller de marcos donde preparan las fotografías que exhibirá en prestigioso centro cultural del municipio. Entre una cosa y otra, ultima los detalles del proyecto curatorial en el que se embarcará a partir del año próximo y estudia el manual que gentiles policías le entregaron para que, en su carácter de presidente de mesa, lleve a buen término el escrutinio del próximo domingo: ¡eso es compromiso!, y no la firma de cualquier cartulina plagada de cacareos indignados.
¡Eso es civismo!
Con artistas así, el futuro de la patria está a resguardo. ¡Viva la República! ¡Un sachet de Wellapon para Dolores Argentina! ¡Viva la feta de salame!

jueves, 25 de octubre de 2007

Toni Negri en Buenos Aires


BIOPOLÍTICAS DESPUÉS DE FOUCAULT


La Carrera
de Filosofía de la Escuela de Humanidades y el Programa Mundos Contemporáneos de la Universidad Nacional de San Martín (UNSAM) organizan el Seminario de Investigación "Biopolíticas después de Foucault" los días martes 30 y miércoles 31 de octubre y el jueves 1 y viernes 2 de noviembre de 2007 de 9:30 a 16:30 hs. en el Campus Miguelete (Martín de Irigoyen 3100 - San Martín).
En el 2005 y en el 2006, dos de los más relevantes representantes de la filosofía política contemporánea, Giorgio Agamben y Roberto Esposito, visitaron la Universidad de San Martín. Este año, la Universidad ha invitado a otro filósofo italiano que, junto con los anteriores, completa la constelación de los filósofos italianos de la biopolítica: Toni Negri. De este modo, al análisis de la serie agambeniana titulada Homo sacer (El poder soberano y la vida desnuda, Estado de excepción, El reino y la gloria y Lo que queda de Auschwitz) y al análisis de la trilogía de Espósito (Communitas, Immunitas, Bíos), se suma ahora el estudio de los volúmenes de Imperio.
El Seminario dispondrá el certificado correspondiente, de acuerdo con el tipo de inscripción realizada.
La conferencia que dictará el Prof. Toni Negri fuera del horario del seminario será con ingreso libre y gratuito.

Para mayor información ingresar en http://www.unsam.edu.ar/escuelas/humanidades/biopoliticas.pdf


La conferencia de Negri es el miércoles 31/10 a las 19:00 hs.

Aborto

El gabinete de Macri ya tuvo una baja

Rodríguez Felder no será ministro de Cultura; en el macrismo no cayó bien que el editor se anticipara a los anuncios oficiales

Luis Hernán Rodríguez Felder no será ministro de Cultura de la ciudad de Buenos Aires. El gobierno electo de Mauricio Macri retiró su candidatura tras la controversia que su designación desató en el mundo del pensamiento y la cultura, a raíz de diversas declaraciones públicas que disgustaron al futuro jefe de gobierno y su equipo más próximo. Así lo confirmó anoche un vocero de Macri.

Decl ámame más

Todos los viernes a las 21.30 en el teatro Pan y Arte (Boedo 876, casi esquina Carlos Calvo), Fabiana Rey dice, para un puñado de avisados, poemas de Olga Orozco, con puesta de Nora Lezano. No son fáciles de decir los versos de Olga Orozco, que cultivaba el arte mayor y el verso libre al mismo tiempo y además los empedraba de erres, piedras en el camino de cualquier declamadora. Fabiana Rey, muy conocida por su performance en El amor en los tiempos del dengue, sortea todas las dificultades con gran elegancia (cuando yo la escuché, no cometió un solo error de dicción, y con eso ya habría alcanzado para aplaudirla). Además, la despojada puesta de Norita, que hace un uso preciso y sugerente de la iluminación y los pocos elementos de utilería que acompañan a la recitadora-declamadora-actriz descalza, potencian el misterio de los versos de la Orozco, colocándolos y descolocándolos, al mismo tiempo, en relación con un contexto de lectura. La música de Vangelis y la ocasional voz de Irene Papas hacen de contrapunto en un espectáculo hipnótico que alguna vez, propondré a quien corresponda, habrá que llevar a Pringles.

miércoles, 24 de octubre de 2007

Correspondencia

Señores jefe y vicejefa de gobierno electos:

La gestión cultural en la ciudad de Buenos Aires es algo más que organizar muestras plásticas o programar teatro o festivales. Si bien todo esto propende al enriquecimiento de los ciudadanos, y de ninguna manera debe ser desechado, es éste un momento crítico en el que la ciudad presenta sectores de población excluidos no solo del consumo cultural sino también de los bienes básicos. Enfrentarse con esta problemática requiere de algo más que un hábil empresario: necesita de alguien con la lucidez, amplitud de pensamiento y recursos personales que le permitan concebir un proyecto sólido y constructivo. Más allá de las polémicas sobre las distintas tendencias estéticas, está la necesidad de mantener y acrecentar en la ciudad las bases necesarias para que el ciudadano aprenda a elegir y a discernir con autonomía. Las propuestas del Pro para la campaña contienen lineamientos dignos de ser tenidos en cuenta. No así las inapropiadas declaraciones del ministro designado, que alardea de ideas que evocan desgraciados períodos de nuestra historia.
Sabemos que no queremos volver al país del jardín de infantes. Tampoco queremos la ciudad que solo se piensa como marca ante el turismo o como mercado de bienes culturales. En casi veinticuatro años de democracia, el espacio cultural del gobierno de la ciudad, sea secretaría o ministerio, ha desarrollado en plenitud sus potencialidades. Abrió y consolidó espacios, formó agentes culturales que hoy acreditan experiencia, incorporó nuevos públicos, salió al mundo a mostrar sus logros.
Lamentaríamos que una designación desafortunada, significara un retroceso.

Josefina Delgado DNI 4422383, Hugo Rapoport DNI 4.359.684, Miguel Angel Inchausti LE 4686564, Jorge Helft LE 6761092, Elsa Osorio, Mercedes di Paola de Picot (Museo Larreta) DNI 9742060, Diego Manso (escritor) DNI 25359344, Carlos Fos DNI 14502828, May Lorenzo Alcala (escritora) DNI 5401460, Sylvina Walger, periodista DNI 9995117, Griselda Gambaro (novelista, dramaturga) CI3856798, Juan Carlos Di Stefano (48288860) artista plástico, Laura Rosso DNI 22.001.006,
Hugo Urquijo DNI 4440188, Graciela Dufau DNI 9997976, Cecilia Vidaurreta, Teatro San Martín, D.N.I. 17.996.132, Blas Arrese Igor DNI 24835383, Alejandro Tantanian DNI 17788654, Leandro Airaldo DNI 29370869, Bernardo Cappa DNI 20691580, Lucía Laragione DNI 5421797, Maricel Alvarez DNI 23154360, Diego Starosta DNI 21003386, Gerardo Rozín 21579246, Virginia Cosin DNI 92408845, Nicolas Schuff DNI 23500833, Alejandra Ciurlanti 12865551, Edgardo Cozarinsky DNI 4194705, Juan Josè Santillán Jaime DNI 28477624, Claudio Tolcachir DNI 24 686 535, Diego Manso DNI 25.359.344, Mauricio Kartun DNI 8262046, Romina Ciera DNI 29064382, Lola Arias DNI 25704762, Fabián Luis Canale DNI 17132063, Carolina De Marco Baños DNI 23459190, Silvia Ceriani DNI 14740730

Comunicado

COMUNICADO

El Proyecto de Cine Independiente (PCI) manifiesta su preocupación y enciende la alerta a todos los sectores de la cultura porteña frente a los desatinos declarados por el futuro ministro de cultura de la ciudad en diferentes matutinos la semana pasada. Pareciera conveniente aclarar que dicho cargo exige antecedentes suficientes que demuestren estar a la altura de tamaña responsabilidad. Entendemos que el señor Luis Rodríguez Felder no se encuentra preparado para asumir la jefatura, el diseño y la ejecución de las políticas culturales que una ciudad como Buenos Aires merece.

Proyecto de Cine Independiente
Alejandro Hartmann, Alejo Taube, Ana Katz, Andrés Di Tella, Andrés Tambornino, Ariel Rotter, Baltazar Tokman, Benjamín Avila, Celina Murga, Daniel Rosenfeld, Daniela Goggi, Diego Lerman, Edgardo Cozarinsky, Enrique Bellande, Esteban Menis, Fernando Molna, Gabriel Lichtmann, Jorge Gaggero, Juan Antin, Juan Villegas, Julia Solomonoff, Lorena Muñoz, Luciano Zito, María Victoria Menis, Martín Rejtman, Mercedes García Guevara, Pablo Giorgelli, Pablo José Meza, Paula Hernández, Pepe Salvia, Rodrigo Moreno, Rodrigo Moscoso, Salvador Roselli, Santiago Loza, Sergio Wolf, Tatiana Mereñuk, Ulises Rosell

martes, 23 de octubre de 2007

La muerte de una foca

Por Copi*

Tomado de Virginia Woolf a encore frappé (Paris, Persona, 1983). Trad. A. Carolina Puente.

Glou-Glou Bzz no es un nombre común. Era esquimal, su nombre era fonético, me explicaba ella acodada sobre el mostrador de Ice Cream Inn, el único lugar abierto por el frío polar en Kooon, la ciudad más al norte de Groenlandia. Yo formaba parte del contingente de europeos venidos a salvar a los bebés-foca de los cazadores canadienses. Me había alistado en un grupo de ecologistas para escapar de mi país, pero nadie sospechaba esto. Hacía una eternidad que no veía a una verdadera mujer. Estaba podrido de las focas y de sus bebés masacrados delante de nuestros ojos a pesar de nuestras protestas más bien formales; la mayoría de nosotros sacaba fotos de las masacres con la esperanza de venderlas a los grandes periódicos. Desde hacía tres años recorríamos Groenlandia sin el más mínimo éxito: a los aborígenes la idea de salvar la vida de un bebé-foca les parecía tanto más ridículo que matar a sus propios bebés para comérselos durante el invierno. Esto estaba permitido por su religión, con tal de que dejaran con vida al primogénito. Entonces, ¿cómo convencerlos de preservar a los bebés-foca? A decir verdad, yo me cagaba en la historia de las focas; no era una vida desagradable, excepto por la falta de sexo, que la convertía en un suplicio. Tanto más porque mis compañeros de ruta (éramos seis en total, incluyendo al oficial Kling, médico en jefe) eran todos homosexuales y se arreglaban entre ellos, mientras que yo tenía horror de eso, aun en el polo Norte, pero entonces, ¡qué pedazo de chica! Gorda, no; inmensa. Sus ojos rasgados y su nariz minúscula desaparecían entre sus mejillas redondas como un par de nalgas. Ella sonreía con sus dientes chicos y puntiagudos entre medio de una tonelada de carne blanca apenas cubierta por una túnica transparente. ¡Y afuera hacían cuarenta grados bajo cero! Me dije que sería un poco como acostarse con una ballena blanca, pero era sin lugar a dudas la única mujer disponible en esas latitudes. Le hice una seña para subir a una habitación, ella me tocó la bragueta; me sentí un poco avergonzado; mis compañeros se reían abiertamente de nosotros.

Sigue acá.

Correspondencia

SI ESTÁS DE ACUERDO FIRMÁ LA CARTA CON NOMBRE Y DNI Y POR FAVOR REENVIAR

Señor Jefe de Gobierno electo de la C.A.B.A.,
Ing. Mauricio Macri :

La comunidad cultural de la Ciudad asiste con estupor a las declaraciones del Ministro de Cultura por usted elegido. En efecto, hablar con desprecio de Fontana y del conceptualismo, que el mundo admira y jerarquiza, para coronar el disparate con un intento de degradación por comparación con su propia mujer, tiene un tufillo onganista de tiempos del cierre del Di Tella y de la Noche de los Bastones Largos. Desprecio por la creación intelectual y retorno al pasado. Ya lo padecimos y todavía no nos hemos recuperado. Pensar que en el momento más crítico nos va a salvar un "indiecito ignorante" (sic dixit) es la renuncia más abrumante al valor del conocimiento.
Comparar el mundo con una pelota de rugby, porque no se sabe para dónde va a salir picando, es la renuncia a la prospectiva y a la influencia sobre el porvenir.Y afirmar que la guía de todo este licuado de desaciertos será el pensamiento de Aristóteles en versión de Selecciones del Readers Digest, perfora el muro de la razón y se precipita en el delirio.
En fin, autoritarismo fascistón por descalificación a las vanguardias, incapacidad para lidiar con el futuro, creencia en que la innovación cultural de punta depende del capitalismo al que usted adhiere, y desprecio por el saber, forman un conjunto que ya se ha visto demasiado para que valga la pena demorarse en grandes desarrollos.
Por otra parte, tal nominación constituye una clara defraudación a los ciudadanos porteños, por situarse en las antípodas de las ideas de valoración de la contemporaneidad y de Buenos Aires como una urbe con vocación por la innovación, que fueran oportunamente formuladas en su plataforma cultural.
A no ser que quiera darle la razón a quienes sostienen que " A MACRI LA CULTURA NO LE IMPORTA", revea por favor esta designación.


domingo, 21 de octubre de 2007

Neo-Rococó

Rococo

1995
ca. 45 cm high
diam. 40 cm
ceramic with majolica

sábado, 20 de octubre de 2007

La salud del Papa

Suso de Toro: "La agresividad del integrismo católico, síntoma de su impotencia"

La Iglesia con Franco era dueña ideológicamente de España, o sea de los españoles pero hoy no, de ahí que los obispos reclaman el poder que se les escurre entre los dedos y por eso remarcan los rasgos de su ideología, su integrismo frente a una cultura laica que la sociedad ya ha interiorizado hace tiempo.
La violencia de la Cope es el canto del cisne de lo que fue. El integrismo católico hoy es un tigre o más bien un fantasma de papel, la prueba es su agresividad, síntoma de su impotencia. La sociedad simplemente no querría vivir encerrada en su utopía reaccionaria (…) Su fracaso ideológico es patente, sólo una facción, esta derecha en su búnker, acepta su liderazgo moral.

Suso de Toro, escritor (El Pais)

Opus Dei y rococó


Diálogo con Luis Rodríguez Felder, flamante ministro de Cultura del gabinete de Mauricio Macri



"A las vanguardias las sostiene el capitalismo"


Luis Rodríguez Felder: «La vida es como una pelota de rugby. Uno nunca sabe para dónde va a picar. Por eso, hay que ir despacio y revisar todo el organigrama».
Luis Rodríguez Felder, el designado ministro de Cultura del gabinete Macri, recibió ayer por la mañana en su casa a este diario. Editor, docente, titiritero y autor de una obra tan heterogénea que comprende libros como «Don Semáforo», para los chicos, y una «Teoría de la integración» en filosofía, exhibe ante el periodista, con orgullo, su colección pictórica de Antonio Alice, y algunos muebles rococó. «Me está apasionando el rococó», dice antes de empezar el diálogo. «Creo que es un movimiento muy mal comprendido».

Periodista: Desde su designación, usted ya manifestó varias veces que quiere «diversificar» la cultura. Y puso como ejemplo que el Centro Cultural Recoleta no puede ser «privativo de las vanguardias». ¿Está usted en contra de las vanguardias en arte?

Luis Rodríguez Felder: De ninguna manera. La modernidad no debe ser despreciada, pero siempre y cuando haya una política cultural amplia, que les otorgue espacio a todos y distribuya bien los espacios. Vamos a tomar un caso: yo no concibo que el Museo Nacional de Bellas Artes le dedique una exposición a un artista de 23 años, o a expresiones ultramodernas. Yo voy a Bellas Artes para ver la gran historia del arte argentino, así como si voy al Louvre en París quiero ver la historia del arte clásico; si quierocosas modernas me voy al Pompidou.

P.: Pero entonces si quiere ver cosas modernas aquí va al Recoleta.

L.R.F.: Sí, pero a ver a todos los pintores contemporáneos, no a los de siempre. Soy partidario de la diversidad, insisto. Quiero todas las expresiones, no únicamente a los conceptualistas.

P.: Entonces no se opone a las vanguardias sino a los conceptualistas.

L.R.F.: No estoy en contra de nadie, pero mire, ¿sabe en qué se sostiene una gran parte de los conceptualistas? En el capitalismo.

  • Demanda insatisfecha

    P.: ¿Cómo es eso?

    L.R.F.:
    El capitalismo necesita vender siempre más. Y los artistas que dedican mucho tiempo a crear un cuadro no satisfacen esa demanda. Vamos a tomar un ejemplo, mi esposa, Graciela Genovés, que es una gran colorista. ¿Cuántos cuadros produce ella por año? Veinte hermosos cuadros, no más. No le sirve al mercado. En cambio, los artistas «conceptuales», que sacan fotocopias y las pegan, o que hacen un par de trazos nada más, pueden producir, no sé, 7.000 cuadros al año, y así satisfacen la demanda capitalista. Fontana hace un tajo en un cuadro y se llena de plata. Conozco muy íntimamente a algunos de ellos. Se van a Europa a ver qué se está haciendo. Por allí se dan cuenta de que a nadie se le ocurrió todavía pegar curitas en un cuadro, y ya está, descubren esa nueva idea de hacer arte. Da estatus y dinero.

    P.: Sospecho que tendrá unos cuantos enfrentamientos a partir de que asuma...

    L.R.F.: No, no. Todos tendrán su lugar, todo puede ser negociado. La conflictividad siempre marcó a la cultura argentina, y eso no sirve. Yo no quiero pelear, no quiero conflictos.

    P.: Al menos no los tendrá en el Colón, que será autárquico y no dependerá de usted. Con eso se evita unos cuantos conflictos.

    L.R.F.: Es una lástima, porque me hubiese gustado que el Colón estuviera bajo mi órbita, y además creo que siempre se exageró con los conflictos en el Colón. Amo la música clásica, como el «Adagio» de la Novena Sinfonía de Beethoven. Siempre la llevo en el auto. Para mí, es comparable con U2, que también llevo en el auto. Debemos ampliar y diversificar la idea de cultura.

    P.: ¿Cuál es su idea de cultura?

    L.R.F.: Abarcadora, integradora, donde la música boliviana y peruana, representada por importantes minorías en la Argentina, convive con cosas exquisitas. En mi reunión con el gobernador Macri le di un ejemplo de esto que lo dejó con los ojos abiertos.

    P.: ¿Lo puede contar?

    L.R.F.:
    Es una parábola que resume mi concepto de cultura. Sale un Jumbo de Buenos Aires, con mucha gente sabia en su interior, científicos, artistas, intelectuales. El avión tiene un desperfecto y cae en el Mato Grosso, y todos se encuentran en una jungla espesa, hostil, calurosa. Hay serpientes, animales peligrosos. Nadie sabe qué hacer, y se plantea el tema de la muerte. De pronto aparece un indiecito analfabeto. Les enseña dónde dormir, dónde obtener alimentos, dónde hay un río, que desemboca en el mar. Los orienta, y todos se salvan. ¿Quién es el culto allí? ¡El analfabeto! Hay una sabiduría distinta, que salva a los más sabios. Eso enseña que no hay que restringir el concepto de cultura. ¿Sabe usted quiénes eran y son las mayores compradoras de los libros que yo edito? Las amas de casa, las mujeres que están en su hogar. Y los compran por ellas y por sus hijos, por su educación. Por eso le digo, no debemos limitar la cultura, sino abrirla a todos. No hacerla elitista.

    Darle lugar a lo más novedoso, pero también a lo clásico. Además, soy un convencido de que en la cultura todo se reitera, se recupera.

  • Televisión

    P.: Voy a otro tema. El canal Ciudad Abierta que Macri anunció que iba a cerrar. Me da la impresión de que usted no está de acuerdo.

    L.R.F.: Yo quiero otro canal, no ése. En terminar con ese canal sí estoy de acuerdo. Quiero un canal que no espante a la gente. Quiero un canal como Encuentro, de la Secretaría de Cultura de la Nación, que pasa unas entrevistas maravillosas a Borges, Manucho Mujica Lainez, Manuel Puig, Salvador Dalí. Pero al actual canal Ciudad lo mató lo mismo que a Fashion TV.

    P.: ¿En qué sentido?

    L.R.F.: Fashion TV
    , el canal de la moda, era un canal que pasaba presentaciones de modelos, entrevistas a modistos, chicas preciosas, estaba muy bien hecho. Un día empezaron a «renovarlo». Cambiaron su estética, su diseño, pusieron unos clips largos, vanguardistas, y el canal se vino abajo. Ahora están tratando de recuperar su imagen anterior para recuperar al televidente. Al canal Ciudad Abierta, con esa obsesión por la imagen « moderna», no lo ve nadie. Lo que tenemos que tener es un canal vivo, con contenidos, que le interese a la gente.

    Entrevista de Marcelo Zapata para Ámbito financiero.
    "Aristóteles me guiará"

    Sobre la filosofía que impondrá en su gestión, Rodríguez Felder no tiene dudas: Aristóteles será el camino. Esta es otra parte del diálogo:

    Periodista: ¿Piensa hacer muchas modificaciones en su área?

    Luis Rodríguez Felder: No. Voy a ir de a poco. La vida es como una pelota de rugby, uno nunca sabe para dónde va a picar. Lo que le quiero decir es que lo que tenemos lo construyó una sociedad, la nuestra, no otra, y vamos a ir de a poco. Soy aristotélico, y Aristóteles me va a guiar en mi gestión.

    P.: ¿De qué manera?

    L.R.F.: Aristóteles
    hablaba del sustrato, que es aquello que permanece inmóvil, inalterado. Uno puede hacer modificaciones, pero el sustrato no cambia. La identidad no cambia. Yo voy a tener reuniones con todo el organigrama, voy a revisar cada dirección, cada subsecretaría, pero el sustrato permanecerá siendo el mismo. Sin ideologías. Hay que potenciar a la gente valiosa, por ejemplo Onofre Lovero, un prócer viviente. Pero, en fin, siempre se habla mucho de nombres, de designaciones, cuando lo más importante son los fines: llegar a todos con la cultura. Integrar a todos los estratos sociales, y de todas las edades, a la cultura. A los chicos, por ejemplo. Volver a formarlos en la educación vial, a la que me dediqué mucho tiempo.

    P.: ¿Cómo fueron sus años de titiritero?

    L.R.F.: Yo fui discípulo de un gran poeta y titiritero, César López Ocón. Mis primeras acciones editoriales fueron para él. Yo fui su actor y titiritero; hacíamos títeres de guante. Conocí mucho a Ariel Bufano, aunque tuvimos muchas discusiones. Ya desde esa época yo quería sacar los títeres de un espacio limitado y llevarlos de viaje, llegar a todos con el teatro de títeres, volver con los títeres a las escuelas. Eso es lo que hay que hacer. Tenemos que formar titiriteros.

    P.: Usted habló de convocar a mecenas para la cultura, pero eso viene sucediendo desde hace muchas gestiones. ¿Por qué cree usted que no se logra materializar?

    L.R.F.: Tiene que haber un cambio de mentalidad, es cierto. La Argentina, después de 2001, cambió mucho. Todo es especulación, hay una red de corrupción enorme. Eso debe modificarse. Buenos Aires se tiene que poner de pie. Es inadmisible que haya chicos comiendo de la basura en plena calle Lavalle. Hay que detener la emigración de gente. Yo lo veo con mi editorial. A mí me sorprendía que cada vez me pidieran más libros desde Miami, hasta que un día pregunté por qué había tanta demanda. Y me respondieron: «Tío, porque vosotros estáis llegando mucho, cada vez sois más, y tenemos que abrir rincones argentinos en las librerías». Y eso es bochornoso, triste.


  • viernes, 19 de octubre de 2007

    Maratones

    Seguimos maratoneando. ¡Qué difícil elegir bien! La segunda temporada de Roma es bastante deceptiva porque desbarranca hacia el formato teleteatro del mediodía sin la menor concesión a la verosimilitud histórica o a la interpretación materialista de los procesos que narra. La historia del imperio romano se explica exclusivamente por la rivalidad de unas mujeres fuera de sí (matronas unas, plebeyas y esclavas otras). Lo único lindo: el joven Octavio Augusto es presentado como el fanático de derecha que siempre supimos que era. ¿Habrá tercera temporada? Si así fuere, habría que ver con qué personajes, porque los actuales ya no dan para más y fueron (literalmente) liquidados en rápida sucesión.
    Pero al menos la producción de Roma era impecable. Ahora nos queda la tortura de tener que terminar la temporada de Torchwood (esa derivación absurda de Doctor Who, que era realmente deliciosa y no se entiende por qué la discontinuó People & Arts). Es verdad que la segunda temporada de Doctor Who era pálida en relación con la primera (estamos bajando la tercera), pero Torchwood tiene unos personajes horribles, una producción tan berreta que asusta y unos guiones tediosos y somníferos (cuando no me duermo yo en mitad de un capítulo, se duerme S., agobiado por sus responsabilidades como artista del momento, y al día siguiente, prácticamente nada interesante es lo que uno tiene para contarle al otro).
    De todos modos, seguiremos acopiando porquerías (
    Jericho, Dexter y Flash Gordon ya están en cola), porque nada entretenido se puede esperar de Buenos Aires de aquí en más, Tinelli sigue siendo propiamente emético (que traduzca la palabra el secretario cultural del nuevo alcalde) y para Lost falta rato todavía.

    jueves, 18 de octubre de 2007

    Actitud imaginador

    El recientemente designado secretario de cultura de la ciudad de Buenos Aires tiene blog. Nos ponemos pesados: las adaptaciones de los clásicos para niños, moneda corriente desde que la escuela existe, no es tarea para cualquier recienvenido: ¿por qué habría que "traducir" al meollo entremos como al interior entremos?

    Otra denuncia estremecedora

    Fiction Department (Departamento de Ficción) presenta:

    ÜBERMORGEN.COM hablará sobre la censura por parte de sus curadores en
    Transitio_mx 2 a su pieza "The Sound of MercadoLibre".

    http://sound-of-mercadolibre.com
    http://ubermorgen.com

    20 hrs

    Encuentro de Narrative Media en 'Subcomandancia' (espacio autónomo temporal dentro de transitio, festival internacional de artes electrónicas y video)

    Rodrigo Solís (ciudad de méxico) - Poesía Multimedia y presentación de La Tortillería Editorial, software que forma originales mecánicos para imprimir libros, y asociación de autores que colectivizan derechos de reproducción sobre su obra y poesía multimedia

    Mariana Robles (puebla) - Drama Líquido [autoficción]

    ¡Otra narr@tiva es posible!

    - - -

    Laboratorio Arte Alameda Dr. Mora 7, Centro Histórico.
    miércoles octubre 17 del 2007, a las 20 hrs.
    Ciudad de México.

    http://ficcion.de
    http://possibleworlds.org

    Decl ámame mucho

    La idea de realizar una intervención urbana en Pringles tomando a la declamación como eje fue de Arturo Carrera. No conozco una sola persona que no se haya entusiasmado con la idea, apenas esbozada. Sergio Chejfec le regaló a Arturo la autobiografía (o memorias) de Berta Singerman, Elvira Arnoux exclamó, en una escalera de Puán: "es para mí", los estudiantes de Bahía Blanca acudieron en masa, tres ingleses y una filipina con residencia en San Francisco (lo juro, lo juro: le decíamos "La tigresa") se sumaron a los contingentes, María Moreno reclamó el privilegio de hacer la crónica de todo (y ahora planea un libro), una cátedra de la Universidad de Buenos Aires acompañó físicamente el encuentro, ningún funcionario (nacional, provincial, municipal) quiso quedar al margen de la fiesta.
    Y nosotros... Nosotros marchamos siguiendo la musiquita del flautista.

    El evento central de la intervención debía involucrar a las "fuerzas vivas" del lugar: declamadoras, músicos, etc. La perspicacia de Vivi Tellas, a cargo de la puesta, le dio la forma de una caravana a través de la ciudad. A las 17.00 hs. del sábado 13, luego de los talleres y conferencias del día, nos reunimos en la plaza de Pringles, frente a las escalinatas del bello edificio art decó ideado por Francisco Salamone para la Municipalidad. Éramos un puñado de fieles de la poesía (decir cientos puede sonar jactancioso, pero el número no importa).
    Allí, bajo un sol de fecha patria, la primera declamadora rompió el hielo y el silencio. Después de su recitación, seguimos hasta el punto siguiente, donde dos niños nos esperaban con sus instrumentos de viento. En la siguiente estación, todavía en la plaza, otra declamadora local nos esperaba. Y después otra, en el rincón de los enamorados, bajo la pérgola (donde casualmente -¡Vivi, confesá!- dos adolescentes se confundían en un profundo abrazo). Cada una, cada vez, comenzaba tímidamente, pero después la fuerza del poema obraba la transfiguración: se dejaban llevar a ese lugar sin límites que es lo poético.
    Más allá, por las calles del centro de Pringles, ya había comenzado la "vuelta del perro", con esos conductores de autos que con cara de cazadores recorren una y otra vez las mismas esquinas
    marcando sus presas. Hacia allí marchamos, invirtiendo el sentido de la circulación: frente a una florería, frente al Club Alem, frente a la Asociación Italiana: en todas partes había una mujer, una niña, una bruja diciendo sus poemas o unos niños tocando sus trompetitas y sus saxofones. Antes de eso, en la esquina del Centro Cívico, el silencioso homenaje a Federico Margiotta y, pocos metros más allá, bajo un tinglado de parque de diversiones (una calesita rota, un juguete abandonado), una actriz inglesa que decía por fonética un poema de Alejandra Pizarnik.
    ¿Cuántas "estaciones" fueron? Ya no lo sé. Íbamos hipnotizados detras de los estandartes de Estación Pringles. De cada edificio frente al que nos deteníamos brotaba una historia que hacía ritornello con los versos que esas mujeres nos regalaban.
    Al final del circuito nos esperaba un bonus track: antes del mate cocido con pan de leche previsto, "Las voces de Beba" cantaron para nosotros. Se dice que integran ese coro las mujeres rechazadas por otros coros de la ciudad. Tal vez por eso, ellas sostienen la pureza del canto. Son, sin saberlo, como las Josefinas de Kafka. Entre otras cosas, cantaron "Resistiré", es decir: dijeron que el arte es para todos y es para cualquiera. La poesía, también.
    Y por eso Pringles ("ya sé, no es Delfos") fue, por un rato, como una Florencia renacentista. Pringles cambió para siempre.

    De corazón

    Por Arturo Carrera

    Declamar: Declamar no es gritar. No, en todo caso es hablar con afecto y vehemencia. Recitar prosa o verso con entonación y ademanes convincentes.

    Aún queda mucho por obtener en el terreno de la declamación. Cada nuevo poema exige una revisión de los recursos sensibles y, por qué no, técnicos disponibles para abordarlos. Toda la poesía se pueda declamar, porque la declamación, en todos los tiempos ha sido útil para darle vida, relieve, brillo u opacidad a los versos de innumerables poetas. Algunos consagrados, otros desconocidos, la declamación ha revelado detalles rítmicos, puntos en que la poesía se vuelve prosa y prosa donde la poesía trasforma, por medio de acentos y detalles específicos, las voces de quienes las dijeron y de los que las escribieron: dicen”, música al fin, como dice el poeta grillo: música porque sí, música vana...

    Dijo una declamadora: “Pude encontrar las sonoridades más extrañas... Bueno, la declamación es el medio del que nos valemos los intérpretes de poesía, y la voz, nuestro instrumento. Aunque existan miles de palabras escritas hay que expresarlas oralmente y ponerlas en el oído a veces dormido del que escucha”.

    Las declamadoras son las mujeres como las pequeñas parcas de nuestra infancia, las niñas, las viejas, las mujeres del poeta Rósewicz: las mujeres buda, las mujeres malas, las que propagan, las que perduran, las que le hablan a la sopa, a las plantas, a los higos, a las bestias, al fuego: las que gritan lo que sienten, las que todo lo transforman en lujo, en puntilla, en espuma, en tempura de las sensaciones…

    Creo que hay un retorno de la oralidad más vieja, más ignota, pero más útil, en la poesía del “corazón”. Recitar era una entonación intermedia entre la declamación y el canto. Pero la declamación es la más dramática de las entonaciones para asegurar las partes de un poema y hacerlas más visibles a la imaginación y más audibles a los sentidos.

    La declamación alcanzó un momento culminante durante el período de la poesía modernista en toda Latinoamérica y en España. Tuvo una diva central que la impuso y la puso de moda y hasta creó escuelas de declamación en todo el continente latinoamericano: Berta Singerman —amiga de los poetas más importantes de su época: Lorca, Neruda, Mistral, Storni, Ibarbourou, etc.
    De todos modos, la propuesta del proyecto de Estación Pringles en el que la directora Vivi Tellas puso en escena una Caravana de Declamadoras que dijeron sus poemas en las calles de Pringles, puso el acento en la memoria para el aprendizaje de la poesía (sobre todo en la infancia), y también vuelve a poner de relieve la importancia que tuvieron las mujeres en la propagación de la poesía de una época. De ahí esta elección de sólo declamadoras (niñas de toda edad).

    Digámoslo con otros ensayistas y poetas geniales como Derrida, Eliot, Bonnefoy: rápidamente, en dos o tres palabras, para no olvidarse. La declamación incluye un teatrito dentro del poema: para no olvidarse. La economía de la memoria de poesía guarda las monedas en una viejísima alcancía. Para no olvidarse. Por corazón: los franceses y los ingleses dicen par coeur, by heart, y nosotros de memoria. Dicen que en árabe se dice: un solo trayecto con varias vías. En esa metáfora —no hace falta remarcarlo— ya hay una estación y mil vías.

    La memoria, el corazón en la poesía, en los poemas.

    Derrida nos dice: lo poético sería aquello que deseás aprender, pero de otro, gracias al otro, por medio del dictado —digo yo— de la memoria, aquí y allá, allá (en la infancia) y aquí ahora (en la otra infancia). ¿Qué quiere decir retener de memoria una forma absolutamente única? ¿Un afecto que no se desprende? En el deseo de esta “no-separación absoluta” respirás el origen de lo poético. Se trata de eso. Aprender de memoria otra vez. Una vez más. Para encontrar en el poema las palabras que hubiéramos querido recordar si escribiéramos poesía. Y también: las que hubiéramos querido olvidar un instante para recibir en otro, mucho más lejano tal vez, el pinchazo del corazón erizado de la vida.

    Palabras leídas en el Cierre a las Jornadas Preparatorias
    rumbo al 1º Certamen Regional de Declamadoras de Poesía.
    Pringles, 13 de octubre de 2007.

    martes, 16 de octubre de 2007

    Ámame mucho

    Fiction Department (Departamento de Ficción) presenta:

    Encuentro de Narrative Media en 'Subcomandancia' (espacio autónomo temporal dentro de transitio, festival internacional de artes electrónicas y video)

    Este año, Televisa celebra el 50 aniversario de la telenovela en méxico -ese género que ha hecho 'soñar' a tantos millones de mexicanos durante medio siglo-.
    Es por eso que nos unimos a esta celebración nacional y proyectaremos las telenovelas para internet:

    Fea y Rebelde (2007), una telenovela site-specific para web 2.0, censuradas por Televisa y Youtube.

    Telenovelle Vague [2005], una telenovela homenaje a Godard sobre el caso de una víctima de las desapariciones forzadas de la guerra sucia en el México de los 1970's

    y una navegación del net.film Modem Drama [2002-2003] .

    - - -

    Laboratorio Arte Alameda Dr. Mora 7, Centro Histórico.
    martes octubre 16 del 2007, a las 18 hrs.
    Ciudad de México.

    http://ficcion.de
    http://possibleworlds.org

    lunes, 15 de octubre de 2007

    Próximamente, fotografías

    Acabamos, S. y yo, de volver de Pringles, donde durante tres días participamos de un proyecto de intervención estética en la ciudad, cuyos pormenores serán volcados, una vez más, retrospectivamente.
    Llegamos a Pringles el viernes a la madrugada, después de una simpática noche a bordo del micro que transportaba al contingente porteño (al menos, en lo que a residencia permanente se refiere). Si el micro volcaba, habíamos calculado, entre todos habríamos de conseguir la tapa de todos los matutinos (separadamente, en cambio, "la irreparable pérdida" habría retrocedido hasta una columna insignificante en la página de cultura y espectáculos). Nos alegraba, pues, el malonaje.
    Al mediodía, yo tenía que dar una charla para docentes que se transformó en una conferencia multitudinaria durante la cual jugamos con los ritmos de la poesía y descubrimos que en castellano, como en latín y en las malas canciones del pop que retenemos en nuestra memoria, los acentos de las palabras cambian (así deben leerse, por ejemplo, estos versos de Juan Ramón Jiménez: "Dios ésta azúl. La fláuta y el tambór/ anúncian yá la crúz de primavéra"). No es raro, porque finalmente el ritmo viene a desterritorializar la lengua y le impone una melodía, una cancioncilla, que es la respuesta, siempre, al llamado de la naturaleza (los pájaros que cantan, los árboles que bailan: caosmos).
    Después del almuerzo (accidentado como todas las comidas que tuvimos que hacer), llegó el turno de ponerse a producir el show que Gaby Bejerman habría de brindar a la noche en la cafetería del Hotel Pringles.

    Foto: Sebastián Freire

    Lo que había sido previsto como un recital poético se transformó en la presentación del disco Mandona de Gaby Bex, para alarma de quienes fungíamos ocasional y torpemente como productores de un show para el que no estábamos preparados, y para el cual no teníamos ni la experiencia ni los aparatos necesarios. Instalamos escenario, luces y sonido. La diva aprobó uno y dos, pero se negó a aceptar tres (las pistas de audio sonaban, en efecto, horribles, y yo qué sé), y amenazó con suspender el show. Afortunadamente, el equipo local de técnicos consiguió resolver el problema y una vez probado el audio, la estrella del pop se retiró a descansar a su habitación mientras seguíamos ensayando el complicadísimo guión que se nos había venido encima: cambios de vestuario, uno. Alternancia entre poemas (Viel Temperley, Marosa di Giorgio, Agustini, Alfonsina...) y canciones de Gaby Bex, todo el tiempo. Luces cálidas para tal tema, luces frías para tal poema, varias veces. Se nos vino la noche y todavía se agregaban pormenores al show por venir. Cuando Gaby mencionara al elefante, en el poema de Marosa, uno de los seguidores debería abandonarla a ella e iluminar la mesa donde Arturo Carrera estaría vistiendo su careta de brobóscide.
    La hora prevista se aproximaba, el salón comenzaba a llenarse de contingentes de estudiantes de Letras de Bahía Blanca que habían acudido especialmente al evento y los que cenaban todavía no habían llegado al plato principal, mientras mi celular chillaba órdenes (¡Mandona!) desde los camerinos: 1) que S. suba a buscarme cuando se a la hora para llevar mi vestuario; 2) que me suban un té, porque me duele la garganta, 3) que venga Greg (sí, había un Greg) a hacerme masajes, etc...
    A la medianoche, la cafetería del Hotel Pringles era un fuego y yo estaba ya agotando mi repertorio de canciones predilectas para entretener al ávido público. En cuanto me dieron la señal, presenté a Gaby Bex, destaqué la importancia de que estuviera presentando su disco en Pringles (en Buenos Aires, sucederá próximamente en El Nacional) y pedí un aplauso. Gaby entró a oscuras, iluminando las mesas con una linterna y diciendo un poema de Viel Temperley. Ya en el escenario, siguió con Marosa y mis asistentes en luces (Valentín Díaz y Max Gurian) cumplieron a la perfección los segmentos de guión luminotécnico que les correspondía. Después, las canciones: "Sutil", "Amiga", se alternaban con naturalidad con los poemas (un imprevisto Juanele, un poema de Gaby Bejerman, etc.).
    Durante el cambio de vestuario, habíamos programado un tema de Matías Aguayo, como para mantener arriba a la concurrencia. Gaby volvió a escena vestida de blanco (¡ay, ay, ay, mamita!) diciendo "El cisne" de Alfonsina y regalando plumas que sacaba de su escote a los atónitos espectadores. Las canciones y poemas seguían sucediéndose con la naturalidad de un show bien montado y ya estábamos convencidos de que podíamos iluminar a Philip Glass, mínimamente. El cierre fue espectacular, con "Puentes de sidra y helado" y la atestada cafetería pidiendo más y más. Habíamos programado un bis, claro: "Palpito papito" y, como Tito Arrúa, todos batimos palmas y repetimos el estribillo: "Esta noche te mando un mail, aunque ahora estés conmigo, ahhhh". Exultante, la diva se subió a la mesa grande que ocupaban unos estudiantes bahienses y bailó con frenesí los últimos compases. Como transición, dejamos sonando "Dios en la disco" de DJs Pareja con Gaby Bex y ahí ya todo el mundo quiso salir a bailar.
    Con ese ánimo, las gentes se dispersaron para continuar la fiesta en los diferentes pubs, discos y bares que amenizan la noche pringlense. Los plomos, nos quedamos a juntar los equipos. Los funcionarios de cultura de la provincia de Buenos Aires presentes pensaron que había sido "un poco demasiado para Pringles" pero nosotros pensamos que, precisamente, ahí estaba la gracia. Al mediodía siguiente, el bartender de la cafetería nos dijo que había sido algo distinto, nos felicitó por la iniciativa, rogó por nuevas presentaciones y colocó, como recordartorio de una noche inolvidable, el flyer de la presentación de
    Mandona en la vitrina de las facturas para el desayuno.

    (anterior)

    Bell Canto

    OPERA DE LOS SÁBADOS
    Clases previas a las operas a cargo de Sergio Prudencstein.

    ______________________________________________________________________________

    Octubre.
    SABADO 13 de 19 a 21.30 (aprox)
    Strauss: ELEKTRA a presentarse en la temporada del Teatro Colón.
    Análisis de versiones antológicas protagonizadas por Leonye Rysanek , Gwyneth Jones , Eva Marton y Deborah Polasky.

    ______________________________________________________________________________

    Octubre.
    SABADO 20 de 19 a 21.30 (aprox)
    Bellini: LA SONAMBULA
    Un título casi olvidado en dos versiones distantes en el tiempo pero ejemplares, como las protagonizadas por Anna Moffo (1956) yEva Mei (2004).

    ______________________________________________________________________________

    Noviembre.
    SABADO 3 de 19 a 21.30 (aprox)
    Massenet: MANON
    La obra más popular de Massenet en dos versiones antitéticas del 2007: La protagonizada en el liceo por N. Dessay y R.Villazón y la ofrecida en la Opera de Viena por A.Netrebko y R. Alagna. Operas completas en DVD con proyección en pantalla grande y nuevo sistema de sonido

    ______________________________________________________________________________

    GIArte

    Grupo Interdisciplinario de Arte

    Un proyecto de Fabián Contreras

    Chacabuco y Alsina (muy cerca de Plaza de Mayo)

    HAGA SIEMPRE SU RESERVA 4942-0766 / 4342-2618 e-mail: giarte@ciudad.com.ar

    Meta crítica



    Revista electrónica del Área de Crítica de Arte

    Instituto Universitario Nacional del Arte


    CRÍTICA AÑO II Número 2

    Revista electrónica del área de Crítica de Arte del IUNA

    Buenos Aires – Octubre de 2007

    Editor IUNA Área de Crítica de Arte.

    Director: Raúl Barreiros

    Correctora: María Andrea Santana Hernández

    Solicite su ejemplar en formato pdf o envíe su colaboración de no más de 600 palabras (prometemos leerla) a critica.revista@iuna.edu.ar

    ÍNDICE

    Fotos, pantallas y críticas. Una cuestión moral, Raúl Barreiros hace crítica de una crítica.

    Página 3

    Ahora que pasaron: sobre los homenajes a Fontanarrosa, Oscar Steimberg indaga acerca de cómo se está construyendo al historietista y escritor Fontanarrosa en sólo una de sus dimensiones.

    Página 4

    Apuntes sobre lo metadiscursivo de la crítica, Gastón Cingolani se aclara ciertas meta-dudas

    Página 5

    No es sólo rock and roll, es televisión, para Rolando Martínez Mendoza los festivales de la era hippie fueron plenamente de rock: se mostraban desde y para el rock. Los de la segunda era y los de este principio de siglo no tanto.

    Página 7
    La crítica (de arte) es política, afirma José Luis Petris, ni teoría ni historia ni semiótica solo política.
    Página 8

    Meta/post/crítica, Sergio Moyinedo escribe un capítulo sobre la post crítica: la capitulación de la crítica.

    Página 9

    La Fuente, los textos, las lecturas, Víctor Miguel, hace historia narrando el hacer de un grupo inclasificable de fines de los 70.

    Página 10

    Sobre Waldo(rf), Matías Gutiérrez Reto, soluciona el problema de la doble identidad de Waldo y su imitador elitista berreta: Waldorf y le canta la(s) cuarenta de Mozart.

    Página 11

    El BAFICI habla de sí mismo. ¿De qué se ríen? María Fernanda Cappa se preocupa por los que se ríen de la publicidad del BAFICI. Y se sonríe con las tautologías.

    Página 12

    ¡Es un gato con una pipa!-y si no es para vos, no es para vos- Noelia Bellucci se preocupa por la publicidad del BAFICI y finge tautologías para M. F. Cappa

    Página 13

    Sobre la TV, Agustín Berlango escribe:

    La supremacía de un medio: los críticos de la TV se encargan del control social

    Insoportables: las cosas que creemos que nos dan importancia

    Ser público: es un placer que se va perdiendo

    Un programa familiar: como la familia no fina de uno.

    Página 14

    Lugares metacríticos, Silvio del Bosque, describe relaciones de la metacrítica con la crítica.

    Página 15

    Cartas de los lectores

    Página 16