por Ariel Schettini para Zero Hora
Puig não para de tomar distância frente a si mesmo, frente à nacionalidade e frente ao cinema. Procedimento incessante em sua obra, que observada desde essas cartas se poderia definir como “tomada radical de distância” ou de “escritura dos extremos”. Trata-se de forçar o contato entre dois elementos e fazê-los colidir em uma experimentação, como se manipulasse elementos químicos em um laboratório para registrar as dimensões da explosão: nomear o centro da cultura desde a periferia absoluta da vila de província; submeter a vida infame de um preso ao glamour irrestrito e o luxo caprichoso de uma diva de Hollywood; fazer falar a velhice na linguagem travessa da infância; e finalmente, pôr o mundo do visual a serviço de um regime estritamente verbal. Nesse ato de etnografia experimental, Puig encontra sua língua perfeita e sua forma de incluir-se à força na literatura argentina. Nunca ocupando o mundo do semelhante e sempre associando opostos irreconciliáveis.
Ya no hay vergüenza...
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Il tempio etrusco (work in progress)
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Hace 2 semanas.
1 comentario:
Te amo Ariel.
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